<i>Tempo…</i>
«A Cimeira do Emprego a realizar em Maio de 2009 constituirá uma oportunidade para trocar opiniões sobre a questão de saber até que ponto as medidas de relançamento tomadas foram eficazes para apoiar o emprego».
A citação é retirada das conclusões do Conselho Europeu da União Europeia de Março último. Documento de 22 páginas, dedicadas na sua esmagadora maioria às ditas «medidas de relançamento económico» face à crise e nas quais se conseguem descobrir dois parágrafos relativos ao impacto social da crise, que adiam para a supracitada Cimeira do Emprego a abordagem da questão. Em linguagem comum as conclusões do Conselho poderiam ser lidas da seguinte forma: Tudo para apoiar o sistema financeiro e os grandes grupos económicos. Disponibilizem-se os milhões. A «economia» (leia-se o grande capital) o exige! Questões sociais? Podem esperar… até Maio. Temos tempo!
Estamos em Maio. Os milhões circularam e estão a fazer efeito… para alguns, como o demonstra o anunciado aumento de 625% dos lucros do BCP no primeiro trimestre de 2009. Do outro lado, a dura realidade. O número de desempregados na União Europeia passou em Março a fasquia dos vinte milhões e são esperados pelo menos mais 8,5 milhões para o próximo ano.
Mas nem o caos social em que a Europa está a mergulhar parece demover a fé dos dirigentes europeus no deus capital. Anunciar uma cimeira do Emprego para Maio foi, em Março, a saída airosa da social-democracia para lavar a cara. Mas a realidade tem destas coisas. O tempo correu e a «cimeira do emprego» transformou-se em «mini-cimeira» e, no dia 7 de Maio, reuniram-se 3 dos 27 países da União Europeia (República Checa, Suécia e Espanha) para aprovar três tristes páginas de «mensagens centrais» que não vale a pena citar porque nada dizem. A «mensagem» para os trabalhadores, os desempregados, os mais desfavorecidos é um hino ao cinismo e é bem clara: Aguentem! Continuamos a ter tempo.
É esta a União Europeia da «solidariedade e da coesão» que PS, PSD e CDS defendem. Na secretária temos dois documentos: as «mensagens» da não-cimeira e o «novíssimo» manifesto do PS que nos diz: «as pessoas estão primeiro». Decisão: lixo com os dois! Venha a declaração programática da CDU! Por um Portugal de progresso e justiça, numa Europa de Paz e Cooperação, a luta continua! Porque, para os trabalhadores e os povos não há mais tempo para a hipocrisia, a mentira e o crime social!
A citação é retirada das conclusões do Conselho Europeu da União Europeia de Março último. Documento de 22 páginas, dedicadas na sua esmagadora maioria às ditas «medidas de relançamento económico» face à crise e nas quais se conseguem descobrir dois parágrafos relativos ao impacto social da crise, que adiam para a supracitada Cimeira do Emprego a abordagem da questão. Em linguagem comum as conclusões do Conselho poderiam ser lidas da seguinte forma: Tudo para apoiar o sistema financeiro e os grandes grupos económicos. Disponibilizem-se os milhões. A «economia» (leia-se o grande capital) o exige! Questões sociais? Podem esperar… até Maio. Temos tempo!
Estamos em Maio. Os milhões circularam e estão a fazer efeito… para alguns, como o demonstra o anunciado aumento de 625% dos lucros do BCP no primeiro trimestre de 2009. Do outro lado, a dura realidade. O número de desempregados na União Europeia passou em Março a fasquia dos vinte milhões e são esperados pelo menos mais 8,5 milhões para o próximo ano.
Mas nem o caos social em que a Europa está a mergulhar parece demover a fé dos dirigentes europeus no deus capital. Anunciar uma cimeira do Emprego para Maio foi, em Março, a saída airosa da social-democracia para lavar a cara. Mas a realidade tem destas coisas. O tempo correu e a «cimeira do emprego» transformou-se em «mini-cimeira» e, no dia 7 de Maio, reuniram-se 3 dos 27 países da União Europeia (República Checa, Suécia e Espanha) para aprovar três tristes páginas de «mensagens centrais» que não vale a pena citar porque nada dizem. A «mensagem» para os trabalhadores, os desempregados, os mais desfavorecidos é um hino ao cinismo e é bem clara: Aguentem! Continuamos a ter tempo.
É esta a União Europeia da «solidariedade e da coesão» que PS, PSD e CDS defendem. Na secretária temos dois documentos: as «mensagens» da não-cimeira e o «novíssimo» manifesto do PS que nos diz: «as pessoas estão primeiro». Decisão: lixo com os dois! Venha a declaração programática da CDU! Por um Portugal de progresso e justiça, numa Europa de Paz e Cooperação, a luta continua! Porque, para os trabalhadores e os povos não há mais tempo para a hipocrisia, a mentira e o crime social!